Sexo e Gravidez
A gravidez é um fenômeno diferenciado na vida de um casal. Hoje, cada vez mais, o homem tende a participar neste processo ativamente. É comum encontrarmos homens sentados na sala de espera do consultório de obstetras, ou mesmo saindo do médico com suas esposas grávidas. A gestação pode e deve ser uma etapa vivida a dois. 
Tanto os homens quanto as mulheres passam por adaptações físicas e emocionais, inclusive na sua relação sexual durante a gestação. Não é raro nos depararmos com mudanças físicas nos parceiros de gestantes, como o aumento de peso e, em algumas situações, intolerância gástrica. Em uma tribo da Nova Guiné, os maridos, após o parto de suas esposas, colocam-se prostrados no leito como mulheres no puerpério (período que segue imediatamente ao parto), apresentando os mesmos sintomas que elas, como dor, desconforto, insegurança, depressão e ansiedade. 
O Sexo Muda na Gravidez?
No 1º trimestre não é raro haver uma perda de desejo sexual por parte das mulheres. Uma 1a fase de contentamento cega as demais sensações, além das mudanças iniciais do corpo e dos genitais. A mulher volta-se para o planejamento de uma vida agora familiar, e não mais apenas de casal. Existem algumas fantasias de causar o aborto nesta fase, o que pode contribuir para a diminuição do desejo no casal, além de desconfortos comuns como náuseas. 
O 2º trimestre é demarcado como uma volta do desejo feminino ao normal, ou até mesmo de maior intensidade. Algumas mulheres relatam que nesta fase, o desejo foi o mais intenso de suas vidas, sentindo-se muito atraentes e felizes. Para o homem, pode haver o 1o impacto ao perceber, de fato, a gestação de sua esposa, pois nesse período a barriga torna-se mais aparente.  
O 3º trimestre apresenta maiores desconfortos, principalmente após o 8o mês. A freqüência urinária pode aumentar e a barriga muda o centro de gravidade da mulher, tornando-a um pouco mais desajeitada ao caminhar. As fantasias voltam, agora de serem flagrados e espiados pelo feto durante a relação sexual. Alguns homens temem bater na cabeça do bebê com o pênis durante a penetração. As posições assumidas no ato sexual vão se restringindo mais, havendo preferência pela posição "de ladinho". A ameaça de aborto é temida, bem como complicações de parto prematuro. Os casais ficam mais reticentes em buscar atividade sexual, e alguns até mesmo se abstêm. Por vezes, a ansiedade nas mulheres por não haver gratificação sexual pode ser mais lesiva que o coito, excetuando-se situações onde haja contra-indicação de atividade sexual pelos riscos de parto prematuro ou descolamento de placenta, por exemplo.  
No último mês, os obstetras oferecem orientações contraditórias. Alguns recomendam abstinência até o final da gravidez, outros apenas na última semana. Concordam na abstinência se existir algum risco obstétrico. Alguns recomendam sexo até o final mesmo, evitando-se ansiedades sexuais por parte da mulher. 
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