Virgindade Feminina
A palavra virgem designa algo inexplorado, ou que não foi usado. Se aplica em diversos ramos, claro que você lembra do azeite virgem, certo?
A virgindade é o tema de hoje, porque muitos jovens (e diga-se alguns até com mais de 20 anos), com tanta informação de todos os lados possíveis, ainda têm muitas dúvidas sobre esse assunto. Como a seção é de sexo, vou me ater na parte física, mas devo acrescentar algo sobre “virgindade moral”. Ainda mora na mente dos homens e até dos mais jovens, que se a menina não é virgem, não presta, não tem moral. E se a menina disser que é virgem e não sangra na hora, ela não é virgem.
Virgindade nos dias de hoje é, além do físico, um estado de espírito. Não é de hoje que muitas mulheres fazem uso do sexo anal ou oral, para não romper o hímem. E aí eu pergunto: essa mulher, por ser virgem de vagina, mas não de outras práticas sexuais, é mais pura do que quem faz sexo vaginal?
Pensem aí...
Mas hoje, vamos falar sobre o tabu virgindade e como acontece o rompimento do hímen, que em muitas casos, nem rompe, ou só rompe por vias cirúrgicas.
O hímen existe para proteger a menina, desde o nascimento até antes da primeira menstruação, do alvo de bactérias ou outros problemas que possam ocasionar alguma inflamação quando a mulher é criança. Essa membrana espessa é impermeável e muito resistente, com um pequeno orifício para passagem de secreções. Quando a menina entra na puberdade, essa membrana se torna tão fina, pois já cumpriu o seu papel e seu corpo já adquiriu anticorpos necessários para qualquer inflamação. O hímen, então, perde o papel e vira apenas um lacre a ser rompido numa futura relação sexual.
Mas ele pode ser rompido por vários outros meios, em um tombo, seja fazendo ginástica, esportes mais brutos, ou simplesmente ser elástico, o famoso hímen complacente que, numa relação que a mulher estiver bem lubrificada e o pênis não oferecer uma resistência muito grande, a membrana se estica o suficiente para a penetração, voltando ao seu estado natural logo após. Mas se esse mesmo hímem complacente for pego numa relação mais afoita, sem lubrificação necessária ou com um pênis mais grosso, ele poderá se romper. Ou seja, a mulher pode ter relações anteriores e só romper o hímem bem depois. Ou nunca romper.
E existem alguns hímens que estão totalmente fechados, que apenas em uma visita ao ginecologista ou ao pediatra, ele verifica a necessidade de se fazer um pequeno corte, para que possa inclusive, a menina ter sua primeira menstruação.
Quanto ao sangramento, ele se dá pelo rompimento dessa membrana, em resumo, ela é rasgada mesmo, dilacerada. Mas já é tão fina e pouco vascularizada, que o sangramento se torna no máximo, uma pequena macha de sangue. Aquilo de lençóis ensangüentados em estórias de ciganos, não existe. Só se o parceiro dessa mulher for bruto e a machucar muito, mas mesmo assim, não sangra tanto. Agora, o hímem pode ser mais grosso que o normal para a idade da mulher (digo sempre mulher, depois da menstruação), aí, pode ser necessária a visita ao ginecologista, como citei acima.
Em resumo, pode ser um fiozinho de sangue ou uma mancha na calcinha, na hora ou horas depois, ou pode nunca sangrar.
E quanto à dor, tudo depende do parceiro e de como é a primeira relação. Normalmente, se for feita com a mulher bem lubrificada, naturalmente ou com ajuda de lubrificantes íntimos e o parceiro for com calma, sem pressa e sem ser bruto, muitas vezes só sente-se um incomodo. Dor, só se for feito na pressa, com tensão e sem vontade, ou seja, sem tesão. Aí, realmente, é muito ruim para a mulher e, diga-se de passagem, para o homem também.
Mas agora, vamos à virgindade moral. Aos homens, não espere que uma mulher não sinta o mesmo desejo que um homem. Apesar das regras morais impostas para a preservação da mulher e para que ela não fique grávida sem ter assistência familiar e moral, quando ela menstrua vem uma carga hormonal que a torna mulher bem antes que o homem, ou seja, vontade ela têm de fazer sexo, mas se segura por essas regras. Nos dias de hoje, com o advento da pílula e de outros contraceptivos, a virgindade não é tão obstinada por muitos homens. E as moças que forem seguras e quiserem ser sexualmente ativas, devem sim se precaver desde cedo.
A virgindade era incentivada para que a moça não se perdesse e ficasse grávida. Mesmo nos dias de hoje, com tanta informação esfregada na cara, as moças ficam. Então, ao invés de se preocuparem tanto com o hímen, se preocupem em usar preservativos.
Georgia Maria

Fonte: Site Sexo e Relacionamento    
        
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