Relacionamento pais e filhos
"Uma família infeliz é aquela que permite que outros elementos preencham espaços no lugar do prazer da troca entre seus membros”.
O objetivo é apontar elementos para a reflexão e análise do cotidiano psíquico entre pais e filhos e sua repercussão familiar e social.
Infelizmente a maioria dos pais se preocupa com extrema demasia apenas no futuro material e profissional de seus filhos, sendo que durante décadas há um grande esforço econômico para se atingir tal finalidade. Embora isso seja necessário, pouquíssimos pais se preocupam com outros tipos de herança, como por exemplo, o aspecto pessoal e afetivo de seus filhos. Embora isso seja um fato óbvio, o impacto social desse tipo de educação é desastroso para a coletividade.
Qual o tipo de treinamento afetivo e social que se passa para um filho?
Qual o grau de inibição, timidez ou fuga social do mesmo? Qual a extensão de seus medos interiores e disponibilidade para trocar afeto com outras pessoas? Lamentavelmente boa parte dos pais é absolutamente omissa para lidar com tais questões, o que agrava o problema, ou então usa de dissimulação e disfarce para encobrir tais fatos.
Um dos maiores erros que observamos na relação pais e filhos se dá no tocante ao aspecto material. Aquele pai ou mãe que não possui muito tempo para seu filho, acaba compensando através de presentes ou recompensas materiais. Assistimos isso diariamente. Porém, o fato é muito mais profundo, pois nunca se trata de uma questão quantitativa, mas sim qualitativa. Uma criança não dimensionará sua relação com os pais apenas em termos de tempo, mas também o modo como se desenrola essa relação e os sentimentos de ternura e segurança oriundos da mesma.
Assim sendo, a compensação material por parte dos pais, nada mais é do que um embuste, para que os mesmos escondam sua própria dificuldade de passar afeto, sua falta suprema de treino amoroso.
Autor:  Luzia Soares Maia
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